Nossa viagem pelo Japão durou pouco mais de 20 dias e, nesse período, conseguimos visitar uma extensa lista de lugares: Tóquio,Fujikawaguchiko, Oshino, Quioto, Kobe, Nagoya, Osaka, Hiroshima, Kanazawa, Nagano, Takayama, Nara, Okunoshima, Miyajima (e provavelmente algumas outras pequenas cidades que talvez eu esteja falhando em mencionar). E durante todos esses deslocamentos, pudemos contar com a impressionante e impecável malha ferroviária japonesa. E é sobre isso que queremos compartilhar um pouco mais de informação com vocês!
Antes mesmo de embarcarmos na nossa jornada para o Japão, fizemos a compra ainda aqui do Brasil do JR Pass. São bilhetes que dão acesso a todas as linhas de trem JR (que são as mais extensas e completas do Japão), inclusive o shinkansen (trem-bala) e os trens locais. Você pode optar por duas modalidades de passe: o nacional e o Green Car, que é a primeira classe, e o seu JR pode ser comprado para ser utilizado por 7, 14 ou 21 dias.
No nosso caso, optamos pelo Green Car e pegamos a opção de 21 dias de viagem.
O tempo começa a contar a partir do primeiro dia de ativação do ticket, ou seja, quando você fizer a sua primeira viagem. Você pode usar o JR à vontade dentro desse período, sem limitações de quantidade de deslocamentos que podem ser feitos.
Os tickets são comprados online mesmo e são enviados para o seu endereço. Basta levá-los consigo na viagem e, no primeiro dia de uso, você vai até uma estação JR, onde seu “ticket de compra” será convertido em um cartão, no qual será inscrita a data de ativação do seu JR e é com ele que você poderá entrar e sair das estações durante todo o período de uso (por isso é muito importante que você não o perca).
Para reservar os assentos no trecho em que você viajará, você poderá fazê-lo indo até uma agência JR e informar ao atendente qual o trem que deseja viajar e o horário, ou ainda, usar uma máquina de autoatendimento (o que acaba sendo mais prático, já que existe a versão em inglês e, muitas vezes, a comunicação pode ser difícil, pois o inglês não é tão consolidado no Japão).
O que impressiona muito é a capilaridade da rede no Japão: conseguimos chegar em todos os lugares que queríamos usando os trens, sejam eles entre cidades ou mesmo os metrôs ou trens de superfície nas principais cidades. Existia uma excelente disponibilidade de horários.
Falando dos trens em si, eles são todos extremamente limpos e pontuais. Dos modelos mais antigos aos mais novos, você tem um ambiente extremamente silencioso, espaçoso, confortável e quentinho – muito importante pra nós, que viajamos no inverno. Dentro dos trens no Japão é considerado uma falta de educação falar ao telefone e até mesmo conversar muito alto.
Normalmente você encontra nas pontas dos vagões espaços para acomodar as suas malas, e o espaço disponível acima dos bancos também é bem amplo e é possível acomodar itens um pouco mais leves por ali.
Dependendo do trajeto que você está fazendo, também existe venda de algumas bebidas dentro do vagão, por mais que nas estações de trem não faltam vending machines com todos os tipos de comidas e bebidas que você possa imaginar!
Tivemos a oportunidade de viajar em um shinkansen (o trem bala), que chega em velocidade de até 320km/h. No trajeto que nós fizemos, acompanhamos a velocidade através de um app e, pela nossa medição, a velocidade máxima que ele chegou foi de 270km/h. Os trens são super estáveis, então mesmo estando em alta velocidade, você sente muito pouco a velocidade.
Para encerrar, podemos dizer que nossa experiência com o JR Pass foi essencial para tornar nossa viagem pelo Japão ainda mais incrível. A conveniência, a pontualidade e a eficiência da rede ferroviária japonesa nos permitiram explorar uma vasta gama de destinos com facilidade e conforto. Se você está planejando uma viagem ao Japão, o JR Pass é, sem dúvida, um investimento que vale a pena, proporcionando uma maneira prática e econômica de descobrir tudo o que este país fascinante tem a oferecer! 🚄🌸